Blog relacionado a Educação em Geral, ao desenvolvimento da Ciência, Física, Tecnologias e assuntos correlacionados.
Um local de busca de informações e descontração.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A herança dos carecas

Leitor da CH pergunta: “A calvície, quando genética, é sempre transmitida pela mãe?”. A pesquisadora Helena Borges, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, responde.
Por: Helena L. Borges

A calvície genética, que afeta tanto homens quanto mulheres, pode ser transmitida por vários genes do pai e alguns da mãe. (foto: Neil Gould/ Sxc.hu

Pergunta enviada por Beatriz Ribeiro, por correio eletrônico

A calvície genética, chamada vulgarmente de ‘padrão masculino’ e tecnicamente de alopecia androgenética, pode afetar tanto homens quanto mulheres (embora seja mais comum nos primeiros) e ser transmitida por vários genes do pai e alguns da mãe.
Um dos genes associados à calvície que pode ser transmitido pela mãe fica localizado no cromossomo X e é recessivo. Isso significa que o homem (XY) que herdar de sua mãe um cromossomo com esse gene será calvo. Já a mulher (que tem duas cópias do cromossomo X) precisa herdar dois genes alterados, da mãe e do pai, para que a calvície se manifeste.
Além desse gene ligado ao cromossomo X, existe outro, no cromossomo 20, que pode gerar calvície ao ser transmitido por qualquer um dos genitores. É possível também que outros genes, herdados da linhagem paterna, ajudem a explicar o fato de uma pessoa com pai calvo ter 2,5 vezes mais chances de ser careca, independentemente do lado materno da família.

"Além dos fatores genéticos, os ambientes também influenciam no aparecimento e na severidade da calvície "

Vale lembrar ainda que, além dos fatores genéticos citados, os ambientes também influenciam no aparecimento e na severidade da calvície. Uma dieta muito pobre em proteínas, certos medicamentos e até o estresse emocional podem contribuir para a perda de cabelo.


Helena L. Borges
Instituto de Ciências Biomédicas
Universidade Federal do Rio de Janeiro 


FONTE: Ciência Hoje Online

Nenhum comentário:

Postar um comentário