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sábado, 30 de junho de 2012

Ficção científica para problematizar o mundo

Professor defende em estudo que livros e filmes sobre ciência são mais benéficos ao aluno se o estimulam a questionar o contexto em que a obra foi feita, em vez de fazê-lo abraçar, de modo acrítico, o conhecimento científico.

 Por: Thiago Camelo

Representação cinematográfica do personagem de ‘Eu, robô’, renomada novela apocalíptica do escritor de ficção científica Isaac Asimov. (foto: Teymur Madjderey/ Flickr – CC BY-NC-SA 2.0) 


No começo, o professor de física do ensino médio Adalberto Anderlini estava animado com a ideia de usar obras de ficção científica para estimular os seus alunos a entender e se interessar por ciência. Estava tão empenhado que resolveu estudar o assunto mais a fundo em mestrado do Instituto de Física da Universidade de São Paulo.
 No decorrer do trabalho, no entanto, o barco virou e a premissa de usar a ficção científica 'apenas' como forma de cativar o aluno esmaeceu. No estudo, Anderlini defende que "por meio do cientificismo da ficção científica", leva-se o estudante a "adorar a ciência, persuadindo-o a venerá-la, em uma devoção submissa".  

"A fascinação pela ciência debilitaria a autonomia do estudante frente ao mundo "
 Adalberto Anderlini

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