É muito comum ver pessoas fazendo referência à força centrífuga quando se fala em movimento circular. Imagine, por exemplo, uma esfera presa a um barbante e em movimento circular uniforme, sob atuação da força centrípeta (Fc) que atua no barbante. Muitas pessoas têm o costume de supor a existência de uma outra força, denominada de força centrífuga (Fcf), que atua na esfera. Segundo essas pessoas essa força estaria equilibrando a outra força que atua no barbante. Essa suposição é errônea, pois a força centrífuga não existe, pois se isso acontecesse a força resultante sobre a esfera seria nula e dessa forma ela não poderia estar descrevendo movimento circular uniforme. Se assim ocorresse, o movimento da esfera seria retilíneo e uniforme de acordo com a primeira lei de Newton, a lei da inércia.
Essa interpretação errônea se deve, provavelmente, ao fato de as pessoas acreditarem que a esfera está em equilíbrio. No entanto, para um observador que está na Terra (referencial) ela não está em estado de equilíbrio, pois a esfera possui aceleração centrípeta e, portanto, existe uma força resultante diferente de zero que atua sobre ela. Outro fator que sugere essa interpretação errônea é que se o barbante que segura a esfera rebentar, a esfera passará a se mover para fora, na direção radial, sendo esse deslocamento atribuído à ação da força centrífuga. Esse conceito é errado porque se o barbante se romper, a esfera, por inércia, passa a se mover na direção da velocidade naquele instante, ou seja, tangente à trajetória circular que a esfera estava descrevendo, comprovando que não existe nenhuma força atuando.
Por Marco Aurélio Da Silva Santos
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